Toda religião é útil e a Umbanda tem um grande valor para o nosso país. Quando comecei minha busca espiritual, na adolescência, foi na Umbanda que descobri as primeiras respostas e por isso devo muito a ela, porque, por muito tempo, foi minha conselheira e psicóloga. Entretanto, é preciso entender que cada religião tem uma serventia. Você imagina alguém indo a uma missa e, na hora da comunhão da hóstia, interromper para trocar pelo Daime? Claro que o padre não concordaria. Ou, indo a um culto evangélico e, na hora da pregação do pastor, interromper para cantar um hino da Doutrina do Santo Daime? Claro que o pastor não concordaria. E se fôssemos a um centro de Umbanda tomar um passe e, na hora da manifestação das entidades, interrompêssemos o culto para sugerir um bailado ou concentração? É natural que o pai-de-santo não concorde. Na nossa Doutrina, cada um quer trazer coisas de outras religiões, como se se pudesse agregar mais valores, partindo-se do pressuposto de que ela não seria completa. Neste caso, devemos manter a ordem ritualística idêntica ao que o nosso Mestre Império deixou, pois nela se encontra a perfeição da Virgem Soberana Mãe.