História

O Céu do Gamarra desenvolve desde 1987 um trabalho de fé e caridade dentro da doutrina do Santo Daime. Seguimos a linha do Mestre Irineu, seringueiro, negro da floresta amazônica, que recebeu no começo do século XX, da Virgem da Conceição, a Doutrina do Santo Daime. Consagrando esta bebida ancestral, trabalhamos cantando, meditando e rezando, tendo como referencia espiritual a sagrada família. Louvamos os seres divinos, o mar, a floresta, as montanhas e os astros, buscando a firmeza e o autoconhecimento através do poder do amor, da humildade, da justiça e da verdade. Seguimos a ética cristã e cantamos hinos divinos que nosso antigos da Amazônia receberam, e também dos novos que desenvolveram um pensamento singular dentro da linha do Santo Daime.

O músico Fabio Pedalino é o fundador da igreja do Céu do Gamarra e traz a escola do Raciocínio abstrato como filosofia. Sua obra e escola é apresentada em mais de 200 hinos recebidos por ele. Os cinco livros contam sua história espiritual no Céu do Gamarra e manifesta inspirações musicais e poéticas. Os primeiros tratam dos fundamentos e da religiosidade do tempo da Mãe Divina, enquanto os últimos tangem a metafísica, inaugurando a filosofia do Pensamento Abstrato. Suzana, sua companheira de missão e vida, também recebeu uma obra musical e espiritual no Céu do Gamarra, com ritmos e rimas singulares que nos guiam por um caminho de grande beleza e sabedoria.

               

O Céu do Gamarra foi uma das primeiras igrejas do Santo Daime da região sudeste do Brasil e a primeira de Minas Gerais. No vale do Gamarra, Fabio, Suzana e seus filhos fundaram um lindo jardim espiritual que veio à acolher aqueles que buscam à paz , o amor e o perdão. A igreja foi a primeira construção do Céu do Gamarra, um local distante da cidade, onde pôde-se trabalhar no berço da mãe natureza em plena harmonia. Lidando inicialmente com muitos desafios, com esforço e trabalho, Fabio e Suzana seguiram dedicando suas vidas à Deus e à Santa Doutrina.

 

Ecovila

No desenvolvimento do Céu do Gamarra formou-se uma comunidade que viria a se tornar uma ecovila com casas de pedras, pomares, plantações orgânicas e a união de um grupo de famílias que visam o progresso espiritual, emocional e material.

Na ecovila temos mutirões, cursos, projetos de educação, refeições na cozinha geral, aulas e terapias corporais, meditação, festas e celebrações. A comunidade também recebe voluntários em determinados períodos do ano para programas de diferentes naturezas.

As principais atividades agoecológicas são o cultivo de oliveiras e amoras. Os azeites são produzidos no próprio Céu do Gamarra e as amoras tem servido principalmente para a produção de doces e geléias. No pomar encontramos laranja, abacate, manga, figo, pera, jaboticaba, pêssego, atemoias, entre outras frutas. Nossa horta tem diversas hortaliças e é também um espaço de aprendizado e trocas.

No campo emocional, a comunidade segue buscando ferramentas sociais e terapêuticas para melhorar a comunicação e as relações interpessoais. No campo material trabalham com a agricultura e produtos artesanais; com cursos e magistério; hospedagem e projetos artístico/culturais.

Se você busca mais informações sobre a ecovila Céu do Gamarra  e seus projetos, acesse:www.espacoluabranca.wix.com/ecovilagamarra (site em construção)

 

O Vale

O Vale do Gamarra, santuário natural está situado na Serra da Mantiqueira, na zona rural da cidade de Baependi, ao sul de Minas Gerais. O Céu do Gamarra está no entrono do Parque Estadual da Serra do Papagaio, em uma região que abriga um importante remanescente da Mata Alântica. Em sua fauna encontramos a onça parda, o mico, o tamanduá bandeira, esquilos; e na flora, ipês, bromélias, orquídeas, manacá da serra e as frondosas araucárias.

A principal atividade da população nativa é a confecção de balaios, a pecuária e a agricultura.

O vilarejo mais próximo do Céu do Gamarra é Piracicaba, uma comunidade de cerca de 500 pessoas.